As ocorrências de gravidezes múltiplas aumentaram significativamente nos  últimos 20 anos. Este aumento é principalmente devido ao facto de um  terço das mulheres que decidem engravidar tem cerca de 30 anos, sendo  que estas mulheres têm maior propensão para uma gravidez gemelar. Uma  outra razão para um maior número de nascimento de gémeos é um aumento da  utilização de fármacos e procedimentos para a fertilidade. Mesmo assim,  há ainda dois tipos básicos de gravidezes múltiplas: gémeos idênticos  ou monozigóticos e os gémeos fraternos ou dizigóticos. 
Múltiplos idênticos ou monozigóticos
Também designados como gémeos verdadeiros, são o resultado da  fertilização de um só óvulo por um só espermatozóide, que se divide em  duas massas celulares com material genético idêntico, resultando daí  dois bebés do mesmo sexo e com o mesmo grupo sanguíneo. A placenta dos  gémeos monozigóticos varia consoante a fase em que ocorreu a divisão do  óvulo. Se tal aconteceu nas 72 horas imediatamente seguintes à  fertilização, formam-se duas placentas. 
Quando a divisão ocorre entre o 4º e o 8º dia é mais provável que se  formem dois embriões, dois sacos amnióticos mas apenas uma placenta.  Depois do 8º dia, resultam dois embriões, que partilham o memo saco  amniótico e a mesma placenta, sendo este o caso com menor probabilidade  de acontecer.
A ocorrência de múltiplos idênticos é considerada um evento aleatório  não sendo influenciado pela idade, pela raça, ou pela herança genética.  Os gémeos idênticos ocorrem estatisticamente em 3 a 4 de cada 1.000  nascimentos. 
Múltiplos fraternos ou dizigóticos
São os gémos mais comuns e surgem como resultado da fertilização de dois  óvulos diferentes por dois espermatozóides diferentes com informação  genética idêntica a quaisquer outros irmãos nascidos em alturas  diferentes. Durante a gravidez têm um saco amniótico e uma placenta  individual.  Estes ocorrem geralmente com tratamentos da infertilidade. O  aumento do nascimento de gémos fraternos é igualmente devido ao facto  das mulheres terem maior propensão a gravidezes gemelares à medida que  atrasam o momento em que decidem ter filhos. Outras causas para um  aumento de gravidezes dizigóticas são: um índice de massa corporal (IMC)  elevado, a interrupção recente da pílula, e gravidezes anteriores. A  hereditariedade é também um  factor a ter em conta.
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